quarta-feira, 14 de abril de 2010

Escolhas de uma vida...

A personagem interpretada por Woody Allen, no filme Crimes e Pecados, a determinada altura afirma: "Nós somos a soma das nossas decisões".

Estas palavras instalaram-se comodamente na minha massa cinzenta e de lá nunca mais quiseram sair. Compartilho a opinião de Woody Allen: se atentarmos no livre arbítrio, nós somos aquilo que escolhemos ser!

Desde pequenos é-nos incutido que ao tomarmos uma decisão, estamos deixando de seguir por um outro caminho que poderíamos ter seguido. E é de opção em opção que vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "vida".

Não é tarefa fácil! No momento em que escolhi ser professora, abri mão de ser advogada. Se tivesse optado por ser hospedeira, seria quase impossível conciliar isso com ser decoradora. E isto aplica-se a todas as outras escolhas que vamos fazendo pela vida fora!

No amor,por exemplo, acontece exactamente a mesma coisa: namoramos um, outro, e mais outro, num excitante vai-vém de romances. Até que chega ao momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal ou formalizar um compromisso com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando chegam ao fim, ou casar/viver juntos e através do casamento fundar uma micro-empresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades, à qual se convencionou chamar de família.

As duas opções têm os seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...

Podemos sempre escolher, e a escolha é unicamente nossa, embora ainda acredite que nada acontece por acaso, e que muitas das coisas se prendem com a ideia de destino ou karma.
Escolher: beber até cair para o lado ou virar vegetariana e budista?
Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por qualquer uma delas.

Quem me dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros ao fim de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando estamos cansados.

Por isso é que é tão importante o auto conhecimento. É necessário lermos muito, ouvirmos os outros, estagiarmos em várias "tribos", prestarmos atenção ao que acontece à nossa volta e não cultivar preconceitos. As nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que reflectir o que nós somos. Lógico que se deve reavaliar as nossas decisões e mudar de caminho, se acharmos que isso é o mais certo a fazer: Ninguém é o mesmo para sempre!

Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. Como eu costumo dizer: Só me arrependo do que não fiz!
A estrada é longa e o tempo é curto. Não deixem de fazer nada que queiram, mas tenham responsabilidade e maturidade para arcar com as consequências destas acções.

Lembrem-se: as nossas escolhas têm 50% de probabilidade de darem certo, mas também 50% de probabilidade de darem errado. A escolha é UNICAMENTE nossa!

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