sábado, 24 de abril de 2010

Mestre na Arte da Vida

O Mestre na arte da vida faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu lazer, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o seu amor e a sua religião.
Ele dificilmente sabe distinguir um corpo do outro. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber se está trabalhando ou se divertindo. Ele acha que está sempre fazendo as duas coisas simultâneamente.
Texto budista

Gostaria também eu de ser Mestre na Arte de Viver... Mas nem sempre consigo essa união. Há momentos em que ver as coisas assim de uma forma tão simplista se torna complicado, porque nós, seres humanos, temos a mania de complicar tudo e então não conseguimos ter este distanciamento das coisas.
Tomara eu poder olhar para tudo o que me rodeia e não ver que as coisas se encerram, muitas vezes, em compartimentos estanques.
Tomara eu poder aceitar tudo e em tudo sentir prazer...
Sei que também já não estou assim tão longe de o fazer. Sinto que esta mudança de que vos venho falando, há já algum tempo, tem trazido muita serenidade à minha forma de viver e de perceber a real importância das coisas/pessoas que me rodeiam. Sinto que finalmente estou a aprender aquela grande lição da vida: O desapego!
Sinto que cada vez mais me distancio das coisas/atitudes/pessoas mesquinhas. Cada vez sigo mais o lema de que só se vive uma vez e por esse motivo, não nos devemos desgastar com coisas sem importância. Sinto que temos de aprender a dar valor a tudo aquilo que tem, verdadeiramente, valor e aprendermos a relativizar tudo aquilo que, na verdade, não contribui em nada para a nossa felicidade e que só vai exigindo mais e mais de nós, sem nos dar nada em retorno.
Cada vez mais me sinto na "obrigação" de fazer apenas aquilo que eu gosto, mesmo que isso me torne "diferente" aos olhos das pessoas que me rodeiam, cada vez mais, sinto que a vida é bela e que vale a pena cada segundo que passamos aqui!
Sei que todos temos muitas lutas a travar, sei que sem esforço ou sem dor nada é possível. Mas depois surge aquele eterno companheiro: o tempo, que chega e tudo cura!
Façamos com que a nossa passagem seja mais verdadeira, mais válida, mais enriquecedora, mais, mais... muito mais! Porque só assim vamos compreender que tudo aquilo que fizermos de bom, voltará para nós e nesse momento saberemos agradecer o facto de estarmos vivos e de sermos quem e como somos!

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